Com a passagem de mais uma safra de verão e a entrada do outono na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, dá-se início ao planejamento das culturas de inverno em nossas propriedades, principalmente o cultivo de cereais.
Dentre as diversas espécies culturais que possuem adaptação em nossa região no período de inverno, são de maior importância o trigo e a aveia branca, seguidos por culturas alternativas como a canola, cevada, triticale, entre outras, ou até mesmo a semeadura de espécies para fim de cobertura de solo como aveia preta, nabo e pastagens.
Com tantas alternativas à disposição, parece fácil a tomada de decisão dos produtores sobre o que semear em sua lavoura, mas a realidade é diferente. Devido à uma série de fatores, cada ano mais as dúvidas do que fazer no inverno ocupa a cabeça dos agricultores. Produzir trigo tem passado por dificuldades como o alto custo de produção, problemas climáticos que reduzem produtividade e qualidade de grãos, além do mercado com pouco incentivo de preços e escoamento. A cultura da aveia branca também passa por essas dificuldades e se agrava mais ainda com a pequena demanda de mercado pelo grão.
As culturas alternativas citadas possuem aptidão para produção na região, porém existe um mercado muito restrito ou até mesmo não possui mercado em alguns casos. Além disso, a dificuldade de se conseguir financiamentos com seguro para essas culturas também tem se tornado cada vez mais um desafio.
Enfim, cultivar trigo e outros cereais está no DNA dos agricultores da nossa região, porém, a dificuldade de se conseguir bons resultados financeiros tem exigido que se tenha a maior precisão possível na execução dos manejos como plantio, controle de invasoras, fertilização, manejo fitossanitário e colheita.
Estamos no momento de iniciar a implantação de algumas espécies e devemos nos atentar a fatores que são importantes para definir o potencial produtivo da lavoura antes mesmo da sua semeadura. É na implantação da lavoura e na fase inicial da cultura que se define o potencial que ela tem.
Tudo se inicia com a dessecação das áreas, levando em consideração as principais invasoras que são o azevém, nabo, ervilhaca, buva, aveia e soja tiguera, deve-se fazer uma boa dessecação, utilizando produtos com alta eficiência para que a semeadura da cultura e sua instalação se dê sem a presença de ervas competindo por nutrientes, água, espaço e luz.
Posteriormente, deve-se escolher a cultivar correta, que se indica para a área a ser implantada, podendo assim expressar o máximo potencial produtivo, e, conhecendo a fertilidade do solo, planejar o manejo de fertilizante ideal. Também é importante que se busque informações sobre a densidade indicada para cada cultivar e se faça a semeadura em condições ideais de umidade do solo e dentro da melhor época. Sempre procurar utilizar sementes com boa procedência e qualidade, procurando fazer um bom tratamento de sementes para evitar danos por pragas e doenças durante o processo germinativo e nos primeiros dias após a emergência.
O Departamento Técnico da Casa Aliança se encontra inteiramente à disposição para auxiliar aos produtores no que for possível em relação à estas escolhas e manejos, procurando sempre ampliar as possibilidades em busca de melhores resultados.
FONTE: DETEC- Casa Aliança Ltda.