6 de outubro de 2020 | Categoria: Casa Aliança, Informativos
SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE TRIGO
Neste dia 06 de outubro de 2020, vindos de um longo período com pouca precipitação, podemos fazer uma pequena análise da situação precária em que se encontram a grande maioria das lavouras de trigo, ou, se persistir a estiagem, à situação que as lavouras de aspecto regular serão levadas.
Passamos por um período de cultivo totalmente irregular e negativo para as culturas de inverno do ponto de vista climático. No início do ciclo, houve períodos de fortes precipitações com ocorrência de chuvas torrenciais em algumas ocasiões. Esses excessos propiciaram grandes transtornos na formação do stand de plantas, além de arrastar nutrientes provenientes da fertilização de base ou aérea, os quais foram perdidos pela ação da água na erosão superficial ou percolação no solo.
A perda desses nutrientes, principalmente o nitrogênio, está sendo refletida agora, na fase reprodutiva das plantas, onde a falta desses, somado à falta de água e temperaturas elevadas, estão diariamente reduzindo o potencial produtivo do trigo.
Após, tivemos a queda brusca de temperatura durante o mês de agosto, onde houve a formação de geadas e registro de temperaturas negativas, causando grandes danos em plantas que estavam em fase de emborrachamento, elongação e início da fase reprodutiva. Essa condição levou à grande morte de plantas, flores e grãos com grandes perdas de produtividades.
Nos dias atuais, como se não bastasse, estamos passando por uma fase de estresse hídrico. Encontramos lavouras de trigo com grande perda de área foliar, pela ação de doenças como bacterioses, manchas foliares, entre outras, e também pela falta de água. Essas plantas tendem a ter maior suscetibilidade a doenças, pois encontram-se debilitadas pelas condições às quais estiveram expostas.
Desta forma, reforçamos a todos para manterem maior atenção às aplicações de fungicidas, dando foco às manchas foliares e bacterioses, pois se continuarmos perdendo área foliar sinteticamente ativa, teremos maiores perdas de grãos e também da qualidade desses grãos.
Outro fator que estamos salientando é o manejo de dessecação do trigo com herbicidas recomendados, como é o caso do glufosinato. Devido a ação das geadas, houve um grande rebrote nas lavouras de trigo como resposta natural das plantas à intempérie. Por esse fator, temos lavouras muito desparelhas, nas quais a dessecação irá facilitar a colheita e homogeneizar a umidade dos grãos, além de auxiliar no controle de ervas invasoras, manejando já para o cultivo da soja, deixando a resteva limpa e pronta para a semeadura.
Fonte: DETEC- Casa Aliança