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8 de junho de 2020 | Categoria: Sem categoria

ESTABELECIMENTO E MANEJOS INICIAIS DAS CULTURAS DE INVERNO

Chegamos em mais um momento dentro do nosso cotidiano no agronegócio regional, que é a instalação das culturas de inverno. Bem sabemos que as culturas de verão, principalmente a soja, são as responsáveis por “pagarem as contas” das nossas propriedades. Porém, vindos de uma safra de verão com muitas perdas de produtividades devido às intempéries climáticas e de um cenário favorável às culturas de inverno, o preço do trigo principalmente, nos influencia à realizarmos a semeadura de mais uma cultura, à fim levantarmos recursos e otimizarmos nossa atividade.

As culturas de inverno, tendo em vista os altos custo de implantação, precisam ser muito bem planejadas e devemos ser totalmente assertivos nos manejos para que no fim se possa colher resultados. E esse planejamento deve começar antes mesmo da semeadura.

Tudo se inicia pelo preparo das áreas para a cultura do trigo. Temos a opção de se realizar a semeadura de nabo logo após a colheita da soja, para fim de se fazer uma boa cobertura do solo, reduzindo muito o nascimento de ervas invasoras, principalmente o azevém.

Outra vantagem da semeadura do nabo é que serve como adubação verde e também favorece o sistema de manter o solo coberto durante o ano todo. O nabo também é uma espécie excelente na disponibilização de nitrogênio para o solo, por ser uma cultura recicladora e atua na descompactação do solo.

Para os produtores que não realizam esta técnica de semear culturas de cobertura, cabe se realizar uma boa dessecação, lembrando que o azevém é a espécie invasora que mais preocupa pela sua alta competição por nutrientes, água, espaço, luz, e também pela grande dificuldade de controle. Sempre se recomenda utilização de graminicidas para o controle de azevém, lembrando que se sobrar azevém da dessecação ou o mesmo rebrotar após dessecação, este será muito difícil de controlar após o nascimento do trigo e os custos para seu controle serão muito elevados.

Também se faz importante o produtor conhecer as características das cultivares que irá semear. Pois cada cultivar tem sua recomendação de manejo correto. Se for área de rotação, pode se colocar cultivares como o TORUK, AUDAZ, SONIC, que tem por características serem muito produtivos, porém, muito sensíveis à doenças, principalmente às doenças necrotróficas (que permanecem na palhada e no solo de um ano para o outro).

Em áreas onde havia trigo no ano anterior, a recomendação é de se colocar cultivares como o SOSSEGO, OR 1403, PONTEIRO, SINUELO, AGILE, que tem por características uma maior rusticidade e maior resistência à doenças necrotróficas.

Depois do preparo da área, dessecação, escolha das cultivares, se ressalta a importância de se fazer um bom tratamento de sementes. A utilização de um fungicida para o controle de patógenos causadores de doenças nas sementes e nas plântulas é de fundamental importância. Muitas cultivares semeadas atualmente possuem uma maior sensibilidade à oídio na fase inicial, portanto, a utilização de fungicidas no tratamento de sementes tem apresentado bom controle de oídio até aproximadamente 30 dias após o nascimento do trigo, ajudando a reduzir a expansão dessa doença.

Também é importante a utilização de inseticida para o controle de pragas de solo como o coró, grilo, lagarta Spodoptera entre outras, além de pragas como o pulgão que ataca a planta de trigo na fase inicial e transmite viroses.

Também cabe enfatizar a importância da profundidade de semeadura, onde o trigo que possui semente pequena, deve ser semeado a uma profundidade entre 3 a 4 cm, com uma condição de umidade do solo boa para que o mesmo possa iniciar o processo de germinação e ficar o menor tempo possível embaixo do solo. Também é na semeadura que devemos observar a densidade, sendo que algumas cultivares exigem maior quantidade de sementes e outras menos, o que varia com o potencial de afilhamento e resistência ao acamamento de cada uma.

São algumas estratégias e manejos simples de serem realizados, mas que são de fundamental importância para o estabelecimento da lavoura. Quaisquer dúvidas que sobre esses temas, nós do departamento técnico da Casa Aliança nos colocamos à disposição de todos.

Fonte: DETEC Casa Aliança.

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